domingo, 22 de novembro de 2009

HELENA KOLODY - poetisa, descendente de Ucranianos

22 de Novembro - DIA INTERNACIONAL do LIVRO



Nesse dia homenageio - Helena Kolody










Helena Kolody


Helena Kolody (Cruz Machado, 12 de outubro de 1912 — Curitiba, 15 de fevereiro de 2004) foi uma poetisa brasileira.


Seus pais foram imigrantes ucranianos que se conheceram no Brasil.
Foi professora do ensino médio e inspetora de escola pública.
É a poetisa mais importante de seu estado natal, o Paraná, e praticava principalmente o haicai, que é uma forma poética de origem japonesa, cuja característica é a concisão, ou seja, a arte de dizer o máximo com o mínimo.

Escrevia desde a adolescência e foi a primeira mulher a publicar haicais no Brasil, em 1941.
Foi admirada por poetas como Carlos Drummond de Andrade e Paulo Leminski, sendo que, com esse último, teve uma grande relação de amizade pessoal e literária.
Helena Kolody, segundo o que consta em seu livro Viagem no Espelho, ela foi professora da Escola de Professores da cidade de Jacarezinho ,onde lecionou por vários anos.



Obras:



-Paisagem Interior (1941)

- Música Submersa (1945)

- A sombra no rio (1951)

- Poesias Completas (1962)

-Vida Breve (1965)

-Era Espacial e Trilha Sonora (1966)

- Antologia Poética (1967)

- Tempo (1970)

- Correnteza (1977, seleção de poemas publicados até esta data)

- Infinito Presente (1980)

-Poesias Escolhidas (1983, traduções de seus poemas para o ucraniano)

- Sempre Palavra (1985)

-Poesia Mínima (1986)

-Viagem no Espelho (1988, reunião de vários livros já publicados)

-Ontem, Agora (1991)

- Reika (1993)
-Sempre Poesia (1994, antologia poética)
- Caixinha de Música (1996)
-Luz Infinita (1997, edição bilíngüe).
- Sinfonia da Vida (1997, antologia poética com depoimentos da poetisa) Helena Kolody por Helena Kolody (1997, CD gravado para a coleção Poesia Falada)
-Poemas do Amor Impossível (2002, antologia poética)
- Memórias de Nhá Mariquinha (2002, obra em prosa)




Poemas retirados de Viagem no Espelho, de Helena Kolody.
-RESSONÂNCIA
Bate breve o gongo.
Na amplidão do templo ecoa o som lento e longo.
-
FLECHA DE SOL
A flecha de sol pinta estrelas na vidraça.
Despede-se o dia.
-
NOITE
Luar nos cabelos.
Constelações na memória.
Orvalho no olhar.
-SAUDADES
Um sabiá cantou.
Longe, dançou o arvoredo.
Choveram saudades.
-REPUXO ILUMINADO
Em líquidos caules, irisadas flores d'água cintilam ao sol.
- DEPOIS
Será sempre agora.
Viajarei pelas galáxias universo afora.
- ALQUIMIA
Nas mãos inspiradas nascem antigas palavras com novo matiz.
- JORNADA
Tão longa a jornada!
E a gente cai, de repente,
No abismo do nada.
-SEMPRE MADRUGADA
Para quem viaja ao encontro do sol,é sempre madrugada.
- Retrato Antigo (1988 )
Quem é essa que me olhade tão longe,com olhos que foram meus?
-Voz Da Noite ( 1986)
O sol se apaga.
De mansinho,a sombra cresce.
A voz da noitediz, baixinho:esquece... esquece...
-A Miragem No Caminho (1978)
Perdeu-se em nada,caminhou sozinho,a perseguir um grande sonho louco.
(E a felicidade era aquele pouco que desprezou ao longo do caminho).
DomDeus dá a todos uma estrela.
Uns fazem da estrela um sol.
Outros nem conseguem vê-la.
-Poesia Mínima
Pintou estrelas no muro e teve o céu ao alcance das mãos.



"A Ucrânia não morrerá jamais. Enquanto houver no mundo um grupo jovem que dance suas danças típicas, cante suas canções folclóricas e cultive as suas tradições como uma chama sagrada. Os valores Ucranianos hão de passar de uma geração para outra até o fim dos séculos" "Helena Kolody"

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